A qualidade das instituições educacionais no Brasil tem um funcionamento cíclico, influenciado por altas e baixas sobretudo na qualidade da oferta de serviços em escolas públicas. Tomando como referência um horizonte não tão distante, a década de 1970, marcada pela boa qualidade imprimida pelo governo na educação, foi seguida, nos anos 80, por uma baixa, que trouxe uma enxurrada de novos empreendimentos escolares de ensino básico.
Nesta época muitos abriram escolas tendo em mente a ilusão de dar início a um negócio lucrativo e de fácil administração, contudo, as conseqüências deste período vêm à tona agora, momento crítico, atestado pelo déficit de alunos nas salas de aula e pela existência de mais escolas do que o necessário no universo particular, fato que acaba por gerar uma concorrência feroz entre instituições que se caracterizam por diferenciais muito pouco perceptíveis ou equivalentes. Outro fator que leva à perda de alunos, segundo dados recentes do Censo (IBGE), está relacionado ao profundo declínio da curva de crescimento vegetativo; forma-se uma turma de 100 ou 150 alunos no ensino médio e não se repõe o mesmo montante no ensino infantil.
Se em épocas inflacionárias os ganhos em aplicações financeiras garantiam rentabilidade ao negócio-escola, hoje elas vivem de menores margens e, por isso mesmo necessitam de gestão tecnicamente preparada para a produtividade, controle de custos e planejamento orçamentário, investimentos planejados, marketing agressivo e estratégico, desenvolvimento e retenção de talentos, etc., principio básicos e próprios das disciplinas de administração que, no atual cenário, são mais do que bem-vindos para uma gestão de sucesso em escolas.